Existem vários búzios na aldeia, em várias famílias. O búzio passa de geração em geração.
O búzio funcionava como sinal de alarme, para quando havia qualquer coisa de estranho na aldeia. Um fogo, uma pessoa doente, um desastre... O pessoal da aldeia já sabia que alguma coisa se estava a passar. Juntavam-se, iam saber o que era e acudiam todos para tentar resolver.
O modo de tocar:
À noite ou de manhã, seria por causa do gado. Se fosse durante o dia, seria outra situação de alarme. Juntava-se tudo no meio da aldeia e “eram todos à uma” para solucionar a situação.
Toque do búzio:
Só uma vez - chamamento das mulheres para dizerem aos seus homens, que tinham ido para o mato, que o almoço estava pronto, para regressarem a casa. Várias vezes - perigos vários.
Para cortar o cobrão, ainda utilizado na Ferraria de São João. O cobrão é a designação para a zona (Herpes zoster), uma erupção cutânea provocada pelo mesmo vírus que origina a varicela.
Este responso deve ser efetuado com um espeto de madeira, previamente afiado com uma faca, fazendo sucessivos sinais da cruz sobre o local de ocorrência do cobrão.
É cobra ou cobrão ou sapoulo ou sapolão.
Eu te corto o vão, o são, a raíz do espinhaço e
adiante não vás, atrás não voltes,
onde estás, aí morras.