Nasceu cá, natural da aldeia. Pais e avós tb. Gostava de continuar a viver cá. Pacato, silencioso. Não há rivalidades. Dá-se tudo bem.
Brincadeiras de infância: havia poucas crianças. Tive uma bicicleta vinda de uma sucata. Andava no meio das hortas, a estragar as hortas aos vizinhos. Andava aos grilos, a meter água para as tocas. Picavamos as pernas pelos montes acima até a mãe chamar para jantar. Depois havia ralhete. Tb trabalhava, aprendi a fazer de tudo um pouco, cuidar das hortas, dos carros. A mecânica foi incutida pelo meu pai. Tomei-lhe o gosto. Verão trabalha-se fora de casa, no inverno dentro. Ainda agora ajudo a limpar o curral dos animais, ajudei no sistema de rega das batatas. Mas estou sempre pronto para ajudar. à noite juntamo-nos nas adegas, por aí a beber um copo.
Festas: 3 mordomos da aldeia são a comissão. último fim-de-semana de agosto. começam a tratar de tudo desde janeiro. todas as pessoas ajudam. as mulheres limpam, enfeitam a aldeia com fitas e arcos, os homens gerem o bar. Há brincadeiras. estão cá os emigrantes. há muito convívio.
Futuro: está melhor. tem mais habitantes. esta aldeia não está desabitada como outras por onde passo.
Turismo: passam muitas pessoas, fazem perguntas. Muitos querem comprar uma casa ou casa com terreno para cultivar.
O que faz falta: uma tasquita à antiga, uma adega. para ligar os habitantes com os turistas. Mais investimento por parte da CMP, menos promessas e mais concretização. Retiraram o chafariz para limpezas/ manutenção e muita mais voltou. Aldeias do Xisto, o que trouxe de bom? Trouxe mais gente à procura de casas para comprar. Algumas foram arranjadas e habitadas. O centro de BTT é um marco característico da aldeia que a torna mais conhecida. “Faz falta uma praia fluvial na Ferraria de São João, nem que fosse só para molhar os tornozelos, já era muito bom! “ A união dos habitantes tb é uma característica da aldeia.
Tradições engraçadas: partir o burro - fizemos uma vez para lembrar tempos antigos - fomos para cima de um monte, 3 ou 4 jovens a dizer rimas acerca de um habitante, à noite, a quebrar o silêncio da noite. Falavam para o funil para fazer mais eco na aldeia. A fogueira do Natal para juntar o pessoal a conversar.